Apiterapia - o veneno da abelha

A apiterapia é um conjunto de atividades científicas no âmbito terapêutico, que agrupa as seguintes disciplinas: A definição de protocolos para produção apícola com destino terapêutico e a definição de normas. A definição e a aplicação de procedimentos clínicos que integram uma utilização dos

A excitação das glândulas suprarrenais, com o veneno das abelhas, ativa numerosas reações imunológicas no organismo humano

 

O veneno da abelha estimula as cápsulas adrenais que induzem um aumento da taxa de cortisona no plasma sanguíneo

A apiterapia é um conjunto de atividades científicas no âmbito terapêutico, que agrupa as seguintes disciplinas:

- A definição de protocolos para produção apícola com destino terapêutico e a definição de normas;

- A definição e a aplicação de procedimentos clínicos que integram uma utilização dos produtos apícolas (Api-medicina); e

- O desenvolvimento e os procedimentos de transformação dos produtos da colmeia, individuais ou em associações, com plantas fitoterápicas e seus derivados (Api Farmacopéia).

Aplicações do Veneno das Abelhas

Para se ter ideia, de uma forma bem simples, do poder do veneno das abelhas, basta dizer que um dos componentes do veneno, a Melitina, é 200 vezes superior ao mais potente corticoide sintético, e a Apamina inibe a destruição da Mielina (responsável pelas sinapses entre as células nervosas), dando chance ao organismo de criar uma nova rede de comunicação.

O ferrão é constituído por uma cânula afiada microscópica e serrilhada, conectado a uma bolsa de veneno que, em contato, instintivamente penetra na pele e não escapa mais. Ao agitar a abelha, separa-se de uma parte do intestino. As terminações nervosas da cadeia abdominal conectados à aplicação provocam uma série de contrações que permitem penetrar ainda mais o dardo e liberar o veneno na zona intradérmica. Depois de ter separado, passado alguns minutos ou horas, a abelha morre. A quantidade de veneno que se apresenta no corpo, com aplicação, é de 1/10.000 (dez mil abelhas para um grama de veneno). O veneno é segregado através de duas glândulas, uma ácida e uma alcalina, situadas no abdômen da abelha. A quantidade pode variar de acordo com a estação. A produção máxima acontece na primavera e é menor no outono e inverno.

Composição

A apitoxina (definição genérica do veneno de abelhas após a colheita) é um liquido, transparente, de gosto amargo e odor acre. Não é completamente conhecida toda a sua composição. Já se sabe que contém 70% de água e 30% de substância seca (ácido fórmico, ortofosfórico, clorídrico, histamina, colina, apamina (peptídeo); 2% do peso seco - mellitina (constituinte predominante na atuação); 50% do peso seco - hialuronidase; 3% do peso seco - fosfolipasi A; 12% do peso seco - fosfato de magnésio; 0,4% do peso seco etc.

Mecanismo de Ação

Carlos Eduardo Carvalho dos Santos, coordenador do Curso Apiterapia - Tratamento com Produtos das Abelhas, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas,  afirma que o veneno da abelha estimula as cápsulas adrenais que induzem um aumento da taxa de cortisona no plasma sanguíneo, persistindo durante uma semana.

A excitação das glândulas suprarrenais, com o veneno das abelhas, ativa numerosas reações imunológicas no organismo humano. O veneno estimula o sistema imunológico inteiro, aumentando a taxa de cortisona. O veneno das abelhas é um antiviral de ação forte e anticarcinógeno. A expansão dos vasos capilares faz abaixar a tensão arterial. Sua propriedade mais conhecida é a habilidade para parar a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para a outra do sistema neurovegetativo (ação gangliolitica).

Efeitos Colaterais

O contato com o veneno de abelhas pode provocar nos indivíduos sensíveis dificuldades patológicas particularmente sérias: um indivíduo alérgico ou sensível pode reagir violentamente a uma única aplicação, com uma reação aguda, com vômito, diarreia, urticária ou uma síncope (perda abrupta, mas transitória de consciência, por diminuição da percepção, podendo provocar uma isquemia difundida no cérebro). Em casos raros, podem ser registrados choques anafiláticos. Afortunadamente, os casos de alergia são pequenos, mas é importante fazer testes preliminares antes de iniciar uma terapia com o veneno.

Equipe de Redação 09-09-2013 Apicultura
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