Competências para gerenciar uma fazenda

Chefe bom e justo é aquele que não abusa do poder de mando e não fica desviando o assunto ou o pleito, quando o trabalhador solicita algo

 

Para se tornar um bom profissional, na área de gerenciamento, devemos desenvolver três competências:

A primeira é a competência técnica, ou seja, saber fazer aquilo que deve ser feito, na prática. Essa competência é diferente da competência acadêmica. A acadêmica é quando conhecemos um assunto apenas na teoria e nunca o desenvolvemos na prática. Ninguém exige do produtor rural um diploma ou certificado técnico, mas exige que ele tenha um conhecimento atualizado e abrangente, de ordem prática. Conhecimento técnico profundo é atribuição do técnico especializado.

Competência interpessoal é saber lidar com o outro, é saber se relacionar bem com a equipe de trabalho. Ninguém vai exigir dos produtores rurais um diploma ou um certificado de relações humanas, mas com certeza é necessário que tenhamos uma sensibilidade desenvolvida para perceber as necessidades e os desejos de nossa equipe de trabalho.

A competência cultural é aquela na qual o saber é mais abrangente, mais amplo. Esta condição não é obrigatória, mas é recomendada para ajudar no desenvolvimento de sua equipe de trabalho. Saber o que está acontecendo no mundo, no seu país, no seu estado, no seu município, na sua cidade, através de noticiários no rádio, na TV ou no jornal, é estar bem informado. O conhecimento até de outras línguas, de estatística, de informática e outros, acabam contribuindo com o seu desenvolvimento pessoal e o desenvolvimento de sua equipe de trabalho. Então, a competência cultural facilita um contato mais qualificado e competitivo com os concorrentes no mercado produtivo nacional e internacional.

É curioso notar que a competência interpessoal possui um peso ou uma faixa ascendente nos níveis hierárquicos do empreendimento rural, sendo tão ou mais importante que as outras competências.

A única diferença que se dá entre os níveis da hierarquia é quanto ao grau de refino dessa competência, como a maneira de falar e de se apresentar. É claro que se espera de um proprietário, gerente, supervisor ou encarregado que fale ou se expresse melhor, com mais diplomacia, em relação a um componente de sua equipe de trabalho.

A competência técnica possui um peso inverso na hierarquia da organização, ou seja, é mais necessária para seus técnicos ou especialistas, menos necessária para o cargo de gerência e menos ainda necessária para o proprietário do empreendimento rural, a quem compete uma supervisão ou gerência geral do negócio.

Pedro Paulo Iannini, coordenador do Curso Chefia e Liderança na Fazenda, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, dá várias dicas, confira: "Não adianta eletrificar ou informatizar a propriedade inteira, se não existir um bom gerenciamento, um bom relacionamento interpessoal." "Chefe merece ser obedecido, quando é um homem de respeito. E só é respeitado quem se comporta com dignidade humana em relação a si mesmo e aos outros." "Chefe bom e justo é aquele que não abusa do poder de mando, não fica desviando o assunto ou o pleito, quando o trabalhador solicita algo, e nem cerceia os seus parceiros de trabalho."

Equipe de Redação 21-06-2012 Administração Rural
""

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.