Atualmente, já existem no mercado brasileiro diversos tipos de substratos orgânicos apropriados para a aplicação na formação de mudas para sistemas orgânicos de produção de hortaliças. O agricultor deve avaliar os mais adequados para sua realidade, principalmente com relação aos custos de aquisição. Isso porque, muitas vezes, pode-se produzir seu próprio substrato, a custos muito baixos, originado de processos fermentativos a alta temperatura, como na compostagem. Até a desinfecção pode ser dispensada.
O substrato orgânico próprio, caso não se origine de um processo de fermentação a altas temperaturas, como ocorre durante a compostagem, pode exigir algum método de desinfecção de patógenos. Segundo o professor Jacimar Luiz de Souza, coordenador técnico do curso Cultivo Orgânico de Hortaliças, desenvolvido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, "nesse sentido, a solarização vem sendo estudada e empregada em escala cada vez maior por pesquisadores e produtores de mudas".
A solarização pode ser realizada em um piso de cimento limpo, espalhando-se uma camada de substrato umedecido, com um mínimo de 50% de umidade, para gerar mais calor, e, no máximo, dez centímetros de altura. Em seguida, cobre-se todo substrato com lona plástica preta ou transparente, fechando-se bem as bordas do plástico com areia ou terra, mantendo-se assim por um período mínimo de três dias ensolarados.
A solarização também pode ser feita em um coletor solar, que, segundo a Embrapa, é um equipamento de funcionamento simples e construção barata, que tem por finalidade controlar os fungos, bactérias e algumas sementes de plantas.
http://www.youtube.com/watch?v=loj4yp1jRZE