Muitos mitos giram em torno dos frangos de corte, com tamanho e peso bem maiores do que os de antigamente. Os leigos afirmam que o rápido crescimento e desenvolvimento dos frangos vêm dos aditivos nas rações (hormônios) e dos antibióticos. Entretanto, isso não é o que ocorre atualmente, pois os órgãos responsáveis pela fiscalização dos abatedouros e das rações para frangos são bastante rígidos.
Inclusive há um programa criado pelo governo, chamado PNCRC - Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, que tem o principal objetivo de rastrear evidências de aditivos na carne do frango e nas rações, ou qualquer outro elemento que possa colocar em risco a saúde do consumidor brasileiro. Para isso, os órgãos responsáveis pela fiscalização acompanham desde a produção da ração até o abate das aves.
Esse alto desempenho dos frangos tem relação direta com o conforto animal e a tecnologia adotados no manejo das aves. Frangos com tamanho acima da média são o resultado do melhoramento genético (tecnologia). Por meio dele, os melhores indivíduos dos plantéis (linhagens específicas) são acasalados, passando suas qualidades produtivas para as suas progênies. Daí o alto desempenho produtivo das aves (rápido ganho de peso e tamanho).
Associado à genética, estão os cuidados com as aves (conforto animal e bem-estar), as instalações modernas (controle automático da temperatura, umidade e luz), o fornecimento de ração de qualidade (conforme a fase de desenvolvimento da ave), além do rígido controle sanitário da granja (para evitar a entrada e a propagação de doenças). Com isso, o saldo de produtividade das aves é surpreendente.
Atualmente, o peso médio do frango para abate alcança em torno de 3kg/peso vivo com 46 a 47 dias de idade. A quantidade ingerida de ração por quilo de peso equivale a 1,7 kg. Bem diferente de 1930, quando eram necessários 105 dias para ganhar 1 quilo de peso vivo com 3 ½ kg de ração.
É bom ressaltar que o Brasil exporta frangos de corte para mais de 150 países - dos mais variados tamanhos e pesos. Ao melhorar a qualidade na produção, o país exportará ainda mais.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: Globo Rural.