Sistema de integração de frango de corte

A sua remuneração se faz segundo o desempenho zootécnico da criação

No Brasil, a integração tem consistido em incorporar, à atividade principal de uma empresa, todas aquelas outras que a ela se ligam no ciclo de produção do frango de corte.

A integração se aplica, principalmente, entre atividades que são complementares no processo produtivo. Isso acontece da maneira descrita a seguir.

A empresa de maior porte (integradora) fornece ao criador (integrado) os pintos, a ração, a assistência técnica e se responsabiliza pelo abate e pela comercialização do frango abatido.

O criador entra no negócio com as instalações, os equipamentos, o aquecimento, a água, cama e a mão-de-obra (geralmente familiar). No final da criação, as aves são retiradas, pelo abatedouro, da granja do integrado.

Segundo Tadeu Cotta, coordenador do Curso Produção de Frangos de Corte, produzido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, "esse sistema é regido por um contrato entre as partes, contendo direitos e deveres recíprocos. O contrato é individual, mas pode ser celebrado coletivamente entre vários produtores interessados".

O contrato é um ato jurídico misto, civil e comercial, devendo conter cláusulas que oferecem maior garantia ao criador, assegurando-lhe sempre uma renda. A renovação do contrato pode ser automática e seu rompimento, mediante aviso prévio, em geral não dá direito a indenização.

Há vantagens para ambas as partes na integração, o que explica o seu sucesso duradouro. Neste sistema, o criador tem garantido os insumos fornecidos pelo integrador, sem precisar recorrer ao sistema financeiro ou aos bancos. Ele conta também com a indispensável assistência técnica e a certeza de uma renda no final da criação. Não é necessário investir na compra de insumos, especialmente de pintos e ração, pois estes são fornecidos pelo integrador.

Já para o integrador, as vantagens são as de não precisar imobilizar capital em instalações e equipamentos, nem se preocupar com legislação trabalhista.

O integrador se responsabiliza pela boa qualidade dos serviços prestados e dos insumos fornecidos, assim como pela retirada dos lotes nos prazos combinados. O integrado tem o dever de executar os trabalhos segundo o que foi combinado, de se abastecer de insumos junto à integradora, e de aceitar as orientações veterinárias e técnicas em geral. A sua remuneração se faz segundo o desempenho zootécnico da criação, o que será visto mais adiante.

Equipe de Redação 24-10-2011 Avicultura
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