O surgimento da criação de peixes ornamentais ocorreu na China, com a criação das carpas ou Koi (Cyprinus carpio) e, principalmente, do peixe japonês ou kinguio (Caracius auratus). A princípio, as criações baseavam-se na captura de exemplares jovens, que eram mantidos em recipientes de porcelana. Posteriormente, os processos de reprodução em cativeiro foram dominados e os criadores passaram a desenvolver novas variedades dessas espécies.
Hoje em dia, essas espécies são cultivadas em todo o mundo e diversos piscicultores dedicam-se a trabalhos de melhoramento genético, visando à obtenção de novas variedades. Conheça algumas espécies:
Caracídeos
Os caracídeos são uma família de peixes onívoros, ou seja, alimentam-se de carne e de vegetais. São pequenos e calmos, e estão entre os mais conhecidos no aquarismo pelas cores variadas e belas, pela resistência e facilidade de manejo e, geralmente, vivem em grandes cardumes.
Poecilídeos
Os poecilídeos são peixes ovovivíparos. Sua reprodução ocorre por meio de uma cópula, com auxílio da nadadeira anal modificada do macho, o gonopódio. A fêmea tem quase o dobro do tamanho do macho, guarda o esperma em seu organismo por um longo tempo e, aos poucos, vai parindo os alevinos.
Ciclídeos
Os ciclídeos estão entre os peixes ornamentais mais conhecidos. Eles são nativos da África e das Américas, principalmente da América do Sul. Eles têm um comportamento muito variado; enquanto alguns aceitam a convivência apenas com exemplares da mesma espécie, outros aceitam viver com espécies diferentes de peixes.
Ciprinídeos
Os ciprinídeos são peixes originários da Ásia e Europa e foram os primeiros a serem domesticados pelo homem. Algumas espécies como as bótias e certas variedades de carpas e kinguios atingem elevado valor no mercado enquanto outras como o paulistinha, o barbo ouro e o conchonio estão entre os peixes ornamentais de valor mais modesto.
Segundo Manuel Vazquez Vidal Júnior, coordenador do Curso Produção de Peixes Ornamentais, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, em geral, os ciprinídeos toleram bem as temperaturas baixas e em certos casos, como para o tanictes, devem ser criados em temperaturas amenas (de 18 a 26 graus). A maioria das espécies, mesmo sendo de clima frio, se adapta bem e cresce melhor em temperaturas entre 24 e 28 graus. Entretanto, em temperaturas acima de 26 graus, a desova é reduzida. É comum que esses peixes desovem logo após o inverno.