Seleção do cavalo de equiterapia

É importante observar algumas medidas importantes; andamentos, índole, mansidão, atenção e curiosidade

É importante observar algumas medidas importantes; andamentos, índole, mansidão, atenção e curiosidade

O investimento para se ter um cavalo bom, é alto. É o investimento mais caro da Equiterapia. Ou pelo menos deveria ser. Se, no centro de equiterapia, só se pode ter dois cavalos, o ideal é que se tente acertar.

Na equiterapia, não selecionamos o animal por raça. Ele é selecionado por preenchimento de pré-requisitos.

Essa seleção pode ser feita de quatro maneiras:

A primeira delas, é quando você quer iniciar a criação no seu próprio haras. Aí você selecionará o garanhão e as matrizes que começarão esse plantel.

A segunda forma é quando você quer selecionar um potro recém-desmamado para acabar de criar e depois domá-lo e treiná-lo para a equiterapia. Temos de lembrar que a idade ideal para iniciar a doma nunca é antes de quatro anos. Temos de esperar a maturidade mental do cavalo, para que esse possa assimilar os ensinamentos.

A terceira forma é escolher o potro já criado, só necessitando iniciar a doma e treinamento.

A quarta forma é selecionar o cavalo já adulto, só necessitando do treinamento. Ele terá que ter sido domado de forma que não carregue traumas. Se foi domado de forma inadequada, algum resquício de medo vai sempre estar presente. Se resolvermos refazer a doma, vai levar muito tempo, o que não é economicamente funcional. O cavalo adulto deve ser calmo, manso, mas não "morto", tem de ter vontade de andar e de ser um cavalo atleta. No atendimento, ele vai ser conduzido ao passo, mas o passo ativo com impulsão.

Na seleção do garanhão, dos outros cavalos adultos e das éguas, temos de observar algumas medidas importantes, andamentos, índole, mansidão, atenção e curiosidade.

Seleção do garanhão e do cavalo adulto (éguas e cavalos castrados)

Observar a anatomia do cavalo, imaginando o reflexo da mesma na movimentação do animal, diminui, muito, a margem de erro na escolha do animal a ser adquirido. A angulação oblíqua da escápula possibilita uma passada mais ampla da mão.

A garupa mais oblíqua facilita o engajamento. Essa mesma garupa, muito verticalizada, durante o engajamento, não movimenta suficientemente o dorso do cavalo e cria uma saliência óssea que inviabiliza o trabalho sobre a garupa.

O trote deve ser suave. Não pode ser marchado porque é necessário que produza o movimento tridimensional. Mas, também, não pode ser um trote socado, porque o praticante, na fase pré esportiva, não iria suportar. O trote do lusitano é o trote de duas ondulações de coluna, e isso divide o impacto. O praticante poderá fazer o trote sentado. Ele, muitas vezes, não compreende o trote elevado.

Seleção de éguas

Além de todas as características estudadas para a seleção do cavalo adulto, que a égua também deve ter, devemos procurar selecionar éguas que estão com o potro ao pé. Isto é porque precisamos examinar o comportamento dessa égua-mãe em relação ao seu potro. A égua que defende o potro com muita violência, acaba passando essa violência para o filho. Os potros não devem aprender a ter medo do ser humano.

As éguas selecionadas defendem os seus potros de uma maneira sutil, atiçando a curiosidade deles. O que é muito bom. Elas demonstraram curiosidade, quando se aproximaram para ver quem  entra no pasto. Chegam perto. Quando vêm que não tinha perigo, deixam o potro se aproximar. São éguas boas para se ter como matrizes. Elas vão apresentar o ser humano para os filhos. O potro cresce confiante. Se a mãe educa o potro de uma maneira adequada, metade do caminho já está andado, para obtermos potros saudáveis mentalmente e fáceis de domar. Os primeiros seis meses de vida são muito importantes na vida de um potro. São os meses em que aprende com a mãe o modo de encarar o mundo. São indeléveis.

Seleção do potro recém-desmamado

Nos potros recém desmamados, não adianta observar os aspectos morfológicos do momento. Nessa idade do desmame, aos seis meses aproximadamente, ele estará o mais feio possível. Não nos dará a ideia de como ficará quando adulto. Nesse caso, temos de analisar sua linhagem genética. Conhecer o pai, a mãe, o avô materno e paterno. De preferência, também, algum irmão. No pasto, observamos apenas o comportamento dele.

A linhagem pode ser ótima e o potro não ter um comportamento adequado. O manejo interfere muito.

Muitos centros de equiterapia não gostam de usar fêmeas, por conta do cio. Mas a fêmea é mais carinhosa. Ela é mãe. Com manejo adequado, o cio não irá interferir. (o manejo aqui, é o respeito ao comportamento natural, que é a base da doma comportamental).

Seleção do potro em idade de doma

Além da morfologia já estudada, devemos observar, principalmente, a índole. O potro, mesmo sem estar domado, deve aceitar manuseio sem se assustar, demonstrar vontade de aprender, ser bastante saudável e atlético.

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Equipe de Redação 17-10-2011 Cavalos
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