Clima e solo para a produção de crisântemos

O solo ideal para o cultivo do crisântemo deve ser poroso

 

O crisântemo apresenta crescimento regular e produz flores de excelente qualidade em locais onde a temperatura varia entre 18ºC e 25ºC.

A irrigação deve manter sempre o canteiro e a estufa com bom teor de umidade. Entretanto, evitando sempre o excesso de água, eliminando, assim, algumas doenças do solo.

A escolha do sistema de irrigação depende do tipo de solo, da quantidade de água e dos recursos disponíveis. Normalmente, usa-se aspersão baixa para os canteiros e sistemas de gotejamento para os vasos.

O solo ideal para o cultivo do crisântemo deve ser poroso e a densidade entre 0,6 - 0,7. O terreno deve ser rico em matéria orgânica e boa drenagem. O PH deve estar entre 5,5 e 7,0.

A adubação, quanto mais parcelada, mais eficiente. Por isso, é muito usado o sistema de fertilização em que os nutrientes são solubilizados em água de irrigação e aplicados todos os dias no plantio.

Para obter resultados positivos, a adubação deve ser rigorosa. Pesquisas mostram que a deficiência de alguns elementos causam manchas, necroses, perda de coloração, paralisação no crescimento, deformações nas inflorescências, atraso na abertura dos botões, entre outros efeitos negativos.

A seguir, têm-se alguns elementos e os principais sintomas observados quando há deficiência deles nessas plantas.

Nitrogênio - a baixa quantidade causa perda da coloração das folhas mais velhas, além da paralisação no crescimento das mais novas, retarda o florescimento e reduz o número de flores.

Fósforo - sem ele, ocorre redução do crescimento da planta que adquire uma coloração verde escura e, em fase mais adiantada, torna-se amarela, acastanhada e, finalmente, seca.

Potássio - a deficiência dessa substância provoca a clorose marginal das folhas intermediárias, seguida por um crescimento lento e de tamanho reduzido, chamado assimetria das inflorescências.

Cálcio - comparativamente às outras deficiências, a de cálcio é a que menor tempo gasta para se manifestar. Consiste em uma clorose aguda nas folhas mais novas, seguida por manchas marrons nas margens das folhas. Já as inflorescências têm lígulas mal formadas e escurecidas.

Magnésio - a carência desse elemento acarreta efeitos diferenciados em função da idade da planta. Em plantas já desenvolvidas, o crescimento é menos afetado em relação às plantas mais novas. Estas manifestam internódios encurtados e não produzem flores.

Enxofre - a deficiência desse mineral ainda é pouco conhecida. Alguns estudos mostram que a falta dele causa retardamento do crescimento, redução do tamanho das folhas, em casos mais graves, ocorre a morte prematura delas.

Boro - a ausência desse elemento faz aparecer clorose em folhas novas, internódios curtos. Em alguns casos, quando a falha ocorre em plantas já formadas, as folhas adquirem uma forma distorcida, arqueando-se para trás, de maneira que o ápice foliar quase toca o pecíolo. Há enrolamento das lígulas, ficando a inflorescência de tamanho reduzido.

Ângela Cristina Stringheta, coordenadora do Curso Como Produzir Crisântemos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, dá a dica, "antes de incorporar os nutrientes ao solo, deve-se fazer uma análise do terreno para conhecer os elementos presentes e fazer as devidas correções, sempre acompanhadas por um engenheiro agrônomo".

Equipe de Redação 29-02-2012 Floricultura
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