Produção de mudas de antúrios

Seu valor ornamental é grande, sendo muito usado como planta de vaso para jardins interiores

Sob esse nome, são conhecidas várias espécies de plantas que pertencem ao gênero Anthurium, um dos mais de 100 gêneros da família Araceae, tipicamente tropical, tendo as Américas do Sul e Central como principais centros de origem.

São plantas perenes, de caule herbáceo consistente, ascendente, existindo, também, os tipos acaules. Entre as espécies, há grande variação na forma, no tamanho de folhas e nas inflorescências.

A produção de mudas de antúrios pode ser obtida de sementes, rebentos (brotações enraizadas, da porção basilar da planta) e de estacas.

1.Sementes

A produção das mudas é demorada, levando de quatro a seis anos para a planta atingir a idade de florescimento.

O uso da semente é o único meio que se tem, usualmente, para a obtenção de novas variedades, tornando-se, por isso, atrativo.

A flor comercial do antúrio é composta pela espata colorida e o espádice, aquela porção cilíndrica que se projeta da espata. O espádice é, na realidade, a inflorescência do antúrio. Ali estão situadas as flores, nuas (sem cálice e sem corola), constituídas apenas dos órgãos sexuais. Ao se observar o espádice, percebe-se que ele é formado de pequenos losangos: os ovários (parte feminina da flor, uma para cada flor, e que são dispostos espiraladamente). No centro de cada losango, existe uma pequena protuberância, o estigma, aparentemente seco e duro, que, na época oportuna, estará apto a receber o pólen. A parte masculina é representada pelos estames, que se desenvolvem entre os ovários, na proporção de quatro estames por ovário.

2.Rebentos

Quando as plantas apresentam de três a quatro anos de idade, começam a emitir brotações nas porções subterrâneas, tendendo a formar touceiras. Essas, quando enraizadas, constituem boas mudas. O principal problema desse sistema é a pequena quantidade de mudas obtidas. Pode-se induzir à produção de maior número de rebentos, podando-se as plantas logo acima do nível do chão.

3.Enraizamento de estacas

Plantas velhas, de seis a sete anos, com hastes alongadas, podem ser seccionadas em pedaços maiores que 5,0cm. As estacas são postas a enraizar, deitadas em sulcos, e cobertas com uma camada de terriço de 5,0cm de espessura, aproximadamente. O leito de enraizamento deve ser constituído de uma mistura de terra (terriço) areia e esterco.

Cobre-se o leito e deve-se manter o teor de umidade bastante uniforme, evitando-se tanto o encharcamento como o ressecamento do leito.

Quando a brotação apresentar de quatro a cinco folhas, destaca-se a muda, com canivete afiado. Novas brotações podem surgir da mesma estaca, após o arranquio das mudas formadas, desde que haja mais gemas.

José Geraldo Barbosa, coordenador do Curso Produção Comercial de Antúrio, Helicônia e Spathiphyllum, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, ressalta que "o valor ornamental do antúrio é grande, sendo muito usado como planta de vaso para jardins interiores e locais pouco insolados. Como flor cortada, seu uso cresce dia a dia, por causa da durabilidade e conformação típica, sendo comercializado em sua cor original ou artificialmente pintada".

Equipe de Redação 01-02-2012 Floricultura
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