A adoção de uma estação de monta, possibilitando a concentração de todos os nascimentos em um período restrito do ano, é extremamente desejável, por trazer inúmeras vantagens econômicas e para manejo do rebanho. Esse fato é amplamente reconhecido nos países de pecuária de corte evoluída, nos quais todo o calendário de atividade de manejo de vendas de animais está fortemente vinculado à estação de monta, de curta duração.
Resumidamente, o que se faz é, inicialmente, escolher o momento mais adequado para a realização da monta e determinar a duração da estação. Depois prepara-se novilhas, vacas e touros, oferecendo-lhes melhores condições reprodutivas.
Quando se limita a duração do período de monta, os bezerros têm idades semelhantes, possibilitando a constituição de lotes mais uniformes para a engorda intensiva e vendas. Isso proporciona um manejo integrado, reduzindo o tempo gasto com os animais. Os acasalamentos são concentrados no período mais favorável do ano, em que vacas estão naturalmente mais bem alimentadas, com reflexo positivo sobre a fertilidade.
A estação é finalmente executada, por meio de monta a campo ou inseminação artificial, manejando-se os animais para que ocorra a concepção do maior número de fêmeas possível. Ao final, é feito o diagnóstico de gestação, que vai indicar as fêmeas gestantes e as fêmeas não-gestantes, possibilitando sua substituição por novilhas gestantes, de forma a se elevar a taxa de natalidade.
O curso "Como Fazer uma Estação de Monta", elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, apresenta métodos que permitirão a realização de uma estação de monta eficiente e produtiva. A coordenação técnica deste trabalho ficou a cargo do Dr. Leonardo de Oliveira Fernandes, da FAZU - Faculdades Associadas de Uberaba, que também é pesquisador da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais.
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