O estabelecimento de um sistema de cria e recria eficiente para as fêmeas em rebanhos leiteiros é um desafio para a maioria dos produtores. Se de um lado as bezerras devem receber alimentação e manejo adequados para que possam atingir o peso ideal à primeira cobertura e iniciarem a sua vida produtiva, o mais cedo possível, de outro, está o fator econômico. É necessário, portanto, buscar o equilíbrio entre economicidade e idade precoce ao parto.
A alimentação é o item que mais onera o custo desses animais, principalmente nos primeiros meses de vida, quando o leite é o principal alimento. Na fase de cria, a utilização de colostro excedente, o fornecimento de quantidades reduzidas de dieta líquida, o desaleitamento precoce e o fornecimento de concentrado, a partir da segunda semana de vida, podem ajudar a reduzir os custos, sem prejudicar o desenvolvimento dos animais. A fase de recria, que se estende da desmama ou desaleitamento até a primeira cobrição, é menos complexa que a fase de cria, mas nem por isso exige menor atenção dos produtores de leite.
Sob o ponto de vista prático, é importante haver coerência entre as fases de cria e recria. O curso "Bezerras de Raças Leiteiras do Nascimento ao Desaleitamento", elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, traz diversas técnicas de manejo de bezerras, nos dois primeiros meses de vida, que levarão a uma maior produção de leite quando o animal for adulto. O curso conta com a coordenação técnica dos pesquisadores Oriel Fajardo Campos, da Embrapa Gado de Leite, e Rosane Scatamburlo Lizieire, da Estação Experimental de Itaguaí da Pesagro - Rio.
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