A importância de se proteger as abelhas

A importância de se proteger as abelhas. Para preservar as espécies de abelhas existentes no Brasil, o Ibama instaurou a Instrução Normativa nº 2, que regulamenta a avaliação do uso de agrotóxicos no país.

Para proteger as abelhas, Ibama e Embrapa estabeleceram a Instrução Normativa nº 2, que regulamenta a avaliação do uso de agrotóxicos no país

A importância de se proteger as abelhas 
Segundo Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professor do Curso a Distância CPT Planejamento e Implantação de Apiário, disponível , a importância de se proteger as abelhas vai muito além da manutenção dos apiários e da produção de mel de qualidade. Na verdade, 70% das plantas cultivadas no Brasil são polinizadas com a ajuda das abelhas - um dos principais agentes polinizadores já conhecidos.

Daí o extremo valor das abelhas para a economia do país, já que a polinização realizada por elas corresponde a quase 10% da produção agrícola nacional. Desde a produção animal até a fabricação de biodiesel - tudo depende do belo trabalho desse excepcional inseto. É importante ressaltar que mais de 80 espécies de plantas existentes no Brasil são polinizadas com o auxílio dos animais.

Por tais motivos, Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em parceria com Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, tomaram uma excelente iniciativa para garantir maior proteção para as abelhas. Para isso, estabeleceram a Instrução Normativa nº 2, que regulamenta, com maior rigor, a reavaliação de produtos agrícolas comercializados, assim como a avaliação de risco de agrotóxicos.

Atualmente, o uso desmedido de agroquímicos é a principal causa do extermínio de abelhas na esfera mundial. Ou seja, a prática utilizada por alguns agricultores (uso excessivo de agrotóxicos) é tão prejudicial às abelhas quanto os patógenos e parasitas que atacam as colônias, ou mesmo a destruição dos habitats naturais desses insetos. Inclusive, muitas espécies já foram dizimadas em muitos países da Europa e nos Estados Unidos.

Para impedir que isso ocorra no Brasil, houve a necessidade de tornar bem mais rígidos os padrões que controlam o uso de agrotóxicos, além de outras práticas ainda não sistematizadas. Dessa forma, o país terá impedido o desaparecimento de inúmeras espécies de abelhas e reduzido as chances da ocorrência da síndrome conhecida em muitos países como "Distúrbio do Colapso das Colônias".  

De acordo com Carmen Pires, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Instrução Normativa n°2 determina, de forma mais criteriosa e rígida, as diretrizes e os mecanismos a serem adotados na avaliação dos riscos de componentes ativos de agrotóxicos para polinizadores, como a abelha Apis melífera e demais espécies de abelhas encontradas na fauna brasileira.

Ainda esse ano, estão previstos a publicação de um manual para orientar as pessoas a respeito da aplicação da norma, além de treinamento para detalhar com mais exatidão o que dispõe a Instrução Normativa n°2.  

Fonte: Canal Rural.


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Andréa Oliveira 07-03-2017
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