Evolução da apicultura e do mel no Brasil

Evolução da apicultura e do mel no Brasil. No decorrer dos anos, a criação de abelhas para produção de mel tomou grande proporção no país e, hoje, exportamos mel para Alemanha, Canadá e Estados Unidos.

No decorrer dos anos, a criação de abelhas para produção de mel tomou grande proporção no país e, hoje, exportamos mel para Alemanha, Canadá e Estados Unidos

Evolução da apicultura e do mel no Brasil

No Brasil, nossa apicultura teve início em 1839, com a introdução da espécie Appis Mellifera no Rio Grande do Sul. No decorrer dos anos, a criação de abelhas para produção de mel tomou grande proporção no país e, hoje, exportamos mel para Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Ao todo são mais de 350 mil apicultores distribuídos por todo território nacional. Dentre eles, estão produtores de mel - com premiações em nível nacional e internacional, graças ao alto padrão de qualidade do produto.

Dados recentes do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, indicam que os maiores produtores de mel são Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo. Há os que produzem mel no sistema convencional e os que preferem a apicultura migratória. Segundo Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professor especialista do Curso CPT Apicultura Migratória - Produção Intensiva de Mel, no sistema migratório, as colmeias vão para os locais onde acontecem as floradas.

Como resultado da migração das abelhas para locais com fartura de alimento e água em abundância, a produção de mel torna-se potencializada - com coletas de duas, três ou até mais vezes por ano, contra apenas uma no sistema tradicional. Em média, no sistema migratório de abelhas, são produzidos entre 80 a 100 quilos de mel/ano por colmeia.

Outro fator favorável ao aumento da produtividade de mel em muitos apiários do Brasil vem da introdução das abelhas europeias africanizadas ou abelhas africanas - capazes de produzir cinco vezes mais mel do que as abelhas de outras espécies.

Há também a técnica de criação de abelhas nativas sem ferrão - conhecida como meliponicultura. Embora recente no país, o sistema apresenta excelentes resultados quanto à qualidade do mel e à produtividade por colmeia.

De acordo com Ana Maria Waldschmidt e Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professores especialistas do Curso CPT Criação de Abelhas Nativas sem Ferrão - Uruçu, Mandaçaia, Jataí e Iraí, além das vantagens ecológicas da criação, o mel das meliponíferas tem alto valor no mercado - além de delicioso, possui inúmeros nutrientes benéficos à saúde humana.

Além disso, pesquisas sobre as técnicas básicas de criação das abelhas nativas sem ferrão, visando à meliponicultura comercial fez com que a criação de abelhas exóticas avançasse muito em todo país, em detrimento da criação de nossas abelhas nativas.

Independentemente da espécie de abelhas - com ou sem ferrão, elas geram impacto positivo na biodiversidade e na produção dos alimentos, pois atuam na polinização de quase 40% das lavouras e mais de 90% das plantas silvestres do país.

Por Andréa Oliveira.

Fontes: Canal Rural e Cursos CPT.


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Andréa Oliveira 17-06-2016
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