Criação de abelhas - produção de mel e os inimigos naturais

Um dos maiores predadores das abelhas indígenas é o homem, que, ao destruir matas, seja por derrubadas ou por queimadas, elimina por consequência as espécies de abelhas nativas sem ferrão. Os meleiros também significam um sério problema. Sem conhecimento sobre essas abelhas, destroem os seus ninhos

Pássaros, lagartixas, aranhas, formigas e o homem são os principais inimigos naturais das abelhas

Existem muitos predadores que podem destruir uma colmeia produtora de mel

Um dos maiores predadores das abelhas indígenas é o homem, que, ao destruir matas, seja por derrubadas ou por queimadas, elimina por consequência as espécies de abelhas nativas sem ferrão. Os meleiros também significam um sério problema. Sem conhecimento sobre essas abelhas, destroem os seus ninhos à procura de mel, colocando as crias expostas, principalmente às formigas.

Os inimigos naturais, propriamente ditos, existem no ecossistema para manter o equilíbrio das espécies. Assim, não há comprometimento na existência das abelhas, exceto, em determinadas situações que se tornam prejudiciais às abelhas indígenas, especialmente em um meliponário. Os principais inimigos são:

Pássaros: anu, bem-te-vi, pardais. Alimentam-se de operárias em voo, carreando, em algumas regiões, danos elevados às colmeias. Para seu controle, evitar áreas com locais para nidificação e pouso desses animais.

Lagartixas: causam danos principalmente às criações que se encontram em caixas colocadas em alpendre ou sob telhados. Para seu controle, colocar protetor confeccionado com plástico (garrafa pet ou bacia), envolvendo o orifício de entrada das caixas.

Aranhas: muito comuns em locais de vegetação concentrada, como as matas e bases de madeira com frestas. O controle consiste em manter caixas longe de árvores e confeccionar bases de ferro.

Formigas: manter as caixas a 50 cm do solo e com protetor de espuma com óleo queimado no cavalete ou colocar pés (pregos) no fundo da caixa, deixando-os nivelados, e mantê-los dentro de copos com óleo de andiroba ou copaíba. Dentre as espécies, são três os tipos:

  • Correição: atacam em períodos de falta de alimento (chuvas), invadindo os cortiços e destruindo larvas e abelhas adultas.
  • Taioca: corpo vermelho e cabeça preta - ataca à noite, destruindo as operárias e roubando o alimento. Invade enxames fracos e também algum Trigonini. A Moça-branca é bastante suscetível. A Jataí e a Iraí fecham a entrada à noite, e às vezes até encontramos as formigas convivendo com as Iraís, sem causar danos. O controle é realizado, mantendo-se as abelhas em bases individuais com protetor e o piso do meliponário sempre limpos de materiais que forneçam abrigo às formigas.
  • Doceiras ou lixeiras: vivem em frestas da colônia, alimentando-se de resíduos e também do mel. Manter caixas com protetor.

Ana Maria Waldschimidt, coordenadora do Curso Criação de Abelhas Nativas sem Ferrão - Uruçu, Mandaçaia, Jataí e Iraí, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, diz não ser aconselhável usar qualquer tipo de inseticida, pois isso pode matar a colmeia. Todas as operações devem ser feitas com muito cuidado para não balançar a caixa. Em seguida, deve-se passar fita crepe nas frestas da tampa.

Homem: nas cidades, mantenha as colmeias próximas às residências precavendo-se contra as aplicações de inseticidas destinadas ao mosquito da dengue, ou, simplesmente, ao roubo das colmeias.

Equipe de Redação 22-07-2013 Apicultura
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Comentários

Plinio Regis Delmondes

18-07-2019

Bom dia, Sou apaixonado pelas abelhinhas, moro aqui no sertão de Pernambuco (semi-árido) e tenho desejo de iniciar uma criação de abelhas nativas. Já estou com 62 anos, mas quando criança, tinha muito dessas abelhas aqui: Mandaçaia, Munduri, Brabo, Canudo, Cupira, Sanharó entre outras, mas o desmatamento sem controle veio quase extinguindo essas colonias.

Resposta do Portal Tecnologia e Treinamento

18-07-2019

Olá Plinio Regis Delmondes,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.

Realmente o desmatamento demasiado vem causando grandes danos às abelhas, na verdade, não só a elas, mas na fauna brasileira em geral.

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Atenciosamente,
Victor Sampaio