Gestão de cooperativa no Brasil

O cooperativismo vem conquistando espaços cada vez maiores, tanto no meio rural quanto no meio urbano

O cooperativismo é produto de séculos de evolução do homem, no que se refere à arte de identificar meios de sobrevivência ou mesmo de viver melhor, ante as dificuldades que cada momento apresenta.

A essência do cooperativismo está na associação de pessoas. Com esforço próprio e ajuda mútua, elas observam a liberdade, a justiça e a solidariedade, satisfazem suas necessidades econômicas e sociais, através da constituição de uma organização, sem fins lucrativos e voltada para a qualidade de vida e a dignidade humana, cumprindo com rigor os seus tradicionais princípios:

Adesão livre; Gestão democrática; Taxa de juros limitada ao capital; Pertencimento das sobras aos cooperados; Neutralidade social, política, racial e religiosa; Ativa cooperação entre cooperativas; Fundo para a educação dos cooperados.

Historicamente, nesse sistema, "o associado é, ao mesmo tempo, dono e usuário. Por isso, a cooperativa é tradicionalmente vista como uma empresa autogestionada, ou seja, é mantida e administrada pelos próprios cooperados". Posicionamento este que vem mudando em todo o mundo.

O movimento, em seu início, no século XVIII, pretendia constituir uma alternativa política e econômica ao capitalismo. O objetivo era eliminar o patrão e o intermediário, concedendo ao trabalhador a propriedade de seus instrumentos de trabalho e a participação nos resultados de seu próprio desempenho.

Em maio de 1838, surgiram as primeiras manifestações concretas de cooperativismo, que culminaram com a fundação da Sociedade dos Pioneiros de Rochdale, em 1844. Ela reunia 28 tecelões da localidade de Rochdale, na Inglaterra. Atualmente, especialmente nos países capitalistas mais desenvolvidos, o cooperativismo convive com outras formas de organização empresarial com bons resultados.

No Brasil, a partir da década de 1990, houve abertura da economia à globalização. Os efeitos disso foram a política de privatização, o fomento ao intercâmbio internacional, a valorização da ecologia, a expansão do mercado consumidor, a presença necessária da modernização e da busca de competitividade e o esforço governamental na busca de justiça social. Tais fatores favoreceram o saneamento, o fortalecimento, a modernização e a expansão do cooperativismo no país.

De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, o sistema cooperativista brasileiro é formado por mais de 3.600 associações, organizadas dentro dos seguintes segmentos:

Agropecuário; Consumo; Crédito; Educacional; Habitacional; Especial; Mineração; Eletrificação e telefonia rural; Produção e trabalho.

Juvêncio Braga de Lima e Antônio Carlos dos Santos, coordenadores do Curso Gestão da Moderna Cooperativa, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, ressaltam que "o cooperativismo no Brasil vem conquistando espaços cada vez maiores, tanto no meio rural quanto no meio urbano, como alternativa de existência para pequenos produtores, pequenos empresários, categorias de profissionais e consumidores".

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Equipe de Redação 27-12-2011 Administração Rural
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