Irrigação em frutíferas

A irrigação de frutíferas tem sido uma atividade com grande crescimento no Brasil nos últimos anos. Acredita-se que isso tem acontecido devido ao aumento da demanda interna e externa de frutas e da expectativa de empresários rurais em adquirir maior rentabilidade.

Para a utilização da técnica de irrigação, é necessário que se tenha um conhecimento específico em relação às técnicas agrícolas

  é preciso que o produtor esteja ligado aos principais aspectos relacionados ao solo, à água, ao clima, à planta e ao sistema de irrigação

A irrigação de frutíferas tem sido uma atividade com grande crescimento no Brasil nos últimos anos. Acredita-se que isso tem acontecido devido ao aumento da demanda interna e externa de frutas e da expectativa de empresários rurais em adquirir maior rentabilidade.

A irrigação é uma prática importantíssima para a produção agrícola em regiões áridas, semi-áridas ou com uma distribuição irregular de chuva. Assim, é possível a obtenção de frutas de melhor qualidade em épocas de entressafra.

Para a utilização da técnica de irrigação, é necessário que se tenha um conhecimento específico em relação às técnicas agrícolas como: o preparo do solo, a adubação, o manejo de pragas e doenças. Assim, é preciso que o produtor esteja ligado aos principais aspectos relacionados ao solo, à água, ao clima, à planta e ao sistema de irrigação. Confira alguns desses aspectos:

Capacidade de campo

A retenção de água nos solos está inversamente relacionada com os diâmetros de seus poros. Por isso, os solos argilosos retêm mais água que os arenosos, pois apresentam maior volume de poros de menor diâmetro. Existem dois métodos para a determinação da umidade correspondente à capacidade de campo (CC) de um solo: o método de campo e o método de laboratório.

O método de campo consiste em construir um pequeno dique, com altura em torno de 20cm, circundando uma área de 3m x 3m. Demarcar uma subárea central de 1m2 e proceder a saturação do solo, cobrindo-o em seguida com uma lona de polietileno para minimizar a perda por evaporação ou o ganho por precipitações pluviométricas.

Diariamente, após a saturação do solo, faz-se a retirada de amostras em três locais na subárea central, em camadas de 10cm até a profundidade desejada. As amostras devem ser acondicionadas em recipientes próprios e devidamente identificadas. Em seguida, as amostras devem ser levadas para o laboratório, colocadas em estufa por 24 horas, na temperatura de 105-110ºC, para a determinação da umidade. Esse procedimento deve ser repetido até que a variação entre os valores médios de umidade entre duas amostragens sucessivas seja pequena, podendo-se considerar variações menores que 1%.

Ponto de murchamento

Para cada tipo de solo, existe um valor de umidade, a partir do qual as plantas não conseguem mais retirar água do solo em quantidade suficiente para manter as condições mínimas de sobrevivência. Esse valor corresponde ao ponto de murchamento. Sua determinação no campo é também trabalhosa e demorada, sendo, portanto, mais comum a sua determinação em laboratório.

Os professores Rubens de Oliveira e Márcio Mota Ramos, coordenadores do Curso Irrigação em Frutíferas, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, dizem que o método prático consiste em cultivar girassóis em vasos fechados. As plantas são submetidas a estresse hídrico (não são irrigadas por um longo período). Quando as folhas inferiores murcharem, as plantas serão colocadas em câmara úmida e escura até que a turgidez seja restabelecida para serem novamente expostas à luz. Esse processo se repete até as folhas não recuperarem a turgidez. Quando isso acontece, determina-se a umidade do solo do vaso, a qual corresponderá à umidade de ponto de murchamento.

Equipe de Redação 25-09-2012 Irrigação
""

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.