Mofo branco - medidas de controle

Mofo branco - medidas de controle. O fungo Sclerotinia sclerotiorum apresenta estruturas de resistência - conhecidas como escleródios, que permanecem intactos no solo, safra após safra.

O mofo branco pode atingir plantações de feijão, soja, algodão, batata, tomate - os danos podem chegar a mais de 70% da produção

Mofo branco - medidas de controle

Principalmente na região Centro-Sul do país, o mofo branco tem atingido plantações de feijão, soja e algodão. Os danos às culturas podem chegar a mais de 70% e causar sérios prejuízos ao produtor rural. Isso porque o fungo Sclerotinia sclerotiorum apresenta estruturas de resistência - conhecidas como escleródios, que permanecem intactos no solo, safra após safra.

As plantas atacadas apresentam um tipo de massa branca nos ramos, nas folhas ou nas flores, que lembram algodão. É importante destacar que a doença pode atacar mais de 400 espécies de plantas - como graníferas (arroz, feijão, milho e soja) e olerícolas (pepino, alface e tomate). De acordo com o MAPA - Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, a doença apresenta alto risco fitossanitário às culturas - com potencial para afetar severamente a economia do país.

Uma das principais causas da ocorrência do fungo nas lavouras é o uso de sementes infectadas com escleródios. Eles são tão nocivos que apenas um escleródio em 5 m² pode infectar uma extensa área com mofo branco. O melhor meio de controle é o controle químico, por meio de fungicidas - prescritos por engenheiro agrônomo. O fungicida deve ser aplicado no início da floração e reaplicado após 10 ou 14 dias (em condições climáticas favoráveis à doença).

Os fungicidas mais eficientes são: Fluazinam e Brocymidone, mas também podem ser utilizados: Fluopyram, Dimoxistrobin + Boscalid, Pentiopyrad e Cipronidil + Fludioxonil. É fundamental que o controle químico seja realizado em conjunto com outras medidas, para tornar o combate ao mofo branco mais eficiente. Pode-se associar o uso de fungicida à produção de palhada, pois esta ajuda a reduzir os escleródios no solo.

Alguns preferem o controle biológico com microrganismos antagônicos, como o Trichoderma harzianum (redução em mais de 60% do número de escleródios no solo). Outros preferem plantar cultivares mais resistentes ao acamamento, com floração mais concentrada e de ciclo precoce. Essa medida retarda o desenvolvimento do fungo Sclerotinia sclerotiorum, o que reduz os danos na cultura de forma considerável.

Outra opção é o fungicida biológico, conhecido como Serenade. Como prevenção, ele pode ser aplicado no estágio vegetativo das culturas, assim como em todo o período do plantio - até mesmo antes da colheita, pois é biológico. Ele age como condicionador dos solos, enraizador e bioestimulante para as plantas. Além de eficiente contra o do fungo Sclerotinia sclerotiorum, ele é excelente no controle de: Alternaria porri, Botrytis cinerea, Cryptosporiopsis perennans, Sphaeroteca macularis, Colletotrichum gloeoesporioides, Alternaria dauci e Pythium ultimum.

Fontes: Rehagro e Grupo Cultivar.

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Andréa Oliveira 16-09-2016 Agricultura - tudo sobre os principais produtos agrícolas do Brasil
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