Farmácias vivas, a medicina natural ao seu alcance

A ideia básica da farmácia viva é ter sempre ao alcance das mãos as plantas medicinais indicadas para o tratamento de doenças mais comuns e de menor gravidade

 

A tradição de usar remédios caseiros para a cura de doenças comuns como gripes, resfriados e problemas digestivos está presente em todos os lares. Cada família conhece pelo menos uma receita caseira. Essas receitas sempre utilizam plantas medicinais. Elas passam de uma geração a outra, têm sobrevivido ao tempo e ao crescimento da medicina alopática e dos remédios sintéticos.

Em consequência da busca por uma vida mais saudável, está ressurgindo a prática de cultivar em casa, nas escolas, nas empresas e nos centros de saúde as plantas medicinais que curam as doenças mais corriqueiras. O cultivo é feito em canteiros ou até mesmo em vasos. Mas, não basta ter as plantas disponíveis, é preciso saber prepará-las e utilizá-las.

A ideia básica da farmácia viva é ter sempre ao alcance das mãos as plantas medicinais indicadas para o tratamento de sintomas e de doenças mais comuns, de menor gravidade, como gripe e dor de cabeça. O uso de plantas não elimina a necessidade de procurar o médico, em caso de doença.

A farmácia viva pode, também, trazer maior segurança no uso das plantas, por causa da certeza de estar usando a planta correta e da melhor qualidade do material.

As plantas frescas, adequadamente colhidas, têm maiores teores de princípios ativos e evitam os perigos decorrentes da má conservação, como a presença de fungos, por exemplo.

Uma das formas de ter essas plantas disponíveis é cultivá-las em casa, seja na horta, no jardim ou em vasos. Além disso, a implantação de hortos medicinais ou farmácias vivas em escolas e empresas tem-se tornado bastante comum.

Como escolher o local

Para instalar o horto medicinal, seja direto no solo ou em vasos, deve-se escolher um local onde incida pelo menos cinco horas de sol, durante todo o ano.

O local deve ser bem drenado e protegido de ventos frios e fortes para que as plantas cresçam com vigor. Deve haver disponibilidade de água de boa qualidade para regar as plantas (torneira, córrego, poço, entre outros meios).

O horto medicinal pode ser feito no sítio, no quintal ou no jardim. Para apartamentos ou casas sem quintal, a alternativa recomendável é plantar em recipientes, que podem ser de plástico, de cerâmica, de cimento, de bambu, enfim, no que houver disponível.

Como escolher as espécies

Para escolher as espécies, é preciso informar-se de suas exigências climáticas para identificar aquelas que se adaptam bem ao clima local.

A maioria das plantas medicinais se adapta bem às condições de clima tropical e subtropical, mas algumas precisam de clima mais frio para produzirem. Certamente, existem opções de plantas medicinais adaptadas a cada local e que complementam a farmácia viva.

Celso Trindade, coordenador do Curso Farmácia Viva - Utilização de Plantas Medicinais, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, dá a dica, "algumas espécies que têm ampla capacidade de adaptação a diferentes condições climáticas são: o alecrim, o alfavacão, a arruda, o bálsamo, o boldo, o capim cidreira, o dente-de-leão, o guaco, a heraterrestre, o hortelã, o levante, a malva, o manjericão, a melissa, a mil-folhas, o poejo, a sálvia e a tanchagem".

Equipe de Redação 04-06-2012 Plantas Medicinais
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