Em Santa Catarina, agricultores escolheram plantar novas variedades de mandioca para saírem do trivial e aumentarem o padrão do cultivo. Na verdade, os pesquisadores da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Epagri), passaram a testar novas variedades de mandioca de mesa, com o objetivo de otimizar a produção com espécies mais resistentes e macias ao cozimento.
Com isso, a produção regional aumentou a renda dos produtores rurais, que vivem do cultivo de mandioca. Segundo Eduardo Nunes, engenheiro agrônomo, a mandioca é, de fato, um produto que contribui com o processo de diversificação na agricultura familiar.
No decorrer de 12 anos de estudos, as variedades de mandioca cultivadas mostraram maior produtividade, resistência a doenças, além de maior capacidade de cozimento (tempo máximo de 30 minutos).
Já o aipim tradicional, ao passar da época da colheita, apresenta difícil cozimento, o que não ocorre com a variedade sempre pronto. Esta pode ser comercializada durante todo ano, além de apresentar maior período de colheita, o que garante maior qualidade no cozimento.
Ao todo foram testadas quatro variedades de mandioca, dentre elas, a guapo mostrou maior potencial de adaptação em todos os locais onde foram implantados os estudos. Em média, a variedade produz até 15 toneladas a mais do que é produzido no estado -aproximadamente 20 toneladas por hectare.
De forma idêntica, a mandioca uirapuru é altamente produtiva. Com a polpa amarela, essa variedade respondeu muito bem ao cultivo em solo argiloso e pesado, muito comum em várias regiões do estado.
A variedade ajubá, também com polpa amarela, ganha no sabor e é a preferida dos produtores. Além disso, apresenta grande produtividade. Na verdade, as quatro variedades de mandioca - guapo, uirapuru, ajubá e sempre pronto, são bastante resistentes às doenças mais comuns do cultivo.
Fonte: Globo Rural.
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