Alimentação de cavalos: manejo e rotação das pastagens

Em algumas regiões do Brasil, quando o solo é muito fértil, os cavalos conseguem a sua nutrição quase que exclusivamente dos pastos e fenos. Quando isso acontece, a complementação com grãos é quase nula. Isso faz com que a alimentação do cavalo fique mais econômica para o proprietário. É preciso,

Os pastos devem ser explorados o máximo possível, para prover saúde para o cavalo e economia para o dono

  Os cascos dos cavalos também depredam muito o solo. Por isso, não se deve deixar que o animal fique na mesma área por muito tempo

Em algumas regiões do Brasil, quando o solo é muito fértil, os cavalos conseguem a sua nutrição quase que exclusivamente dos pastos e fenos. Quando isso acontece, a complementação com grãos é quase nula. Isso faz com que a alimentação do cavalo fique mais econômica para o proprietário. É  preciso, então, cuidar para que não haja o pisoteio excessivo dos pastos. Isso enfraquece a raiz das plantas, favorecendo o aparecimento de ervas daninhas.

Os pastos devem ser explorados o máximo possível, para prover saúde para o cavalo e economia para o dono. Isso compreende a utilização de pastagens e forragens verdes, consumidas na época ideal. As plantas mais novas e viçosas têm mais nutrientes que as maduras, além de proporcionarem maior facilidade de digestão para o cavalo.

Os cascos dos cavalos também depredam muito o solo. Por isso, não se deve deixar que o animal fique na mesma área por muito tempo. O ideal é que, em um mesmo hectare, só cinco animais por ano permaneçam pastando. Existe um momento ideal em que o capim deve ser pastado, da mesma forma que existe um momento em que o capim se encontra pronto para ser cortado ou colocado em descanso para brotar novamente. Por conta desses fatores, é recomendada a rotação de pastagens.

Orlando Marcelo Vendramini, coordenador do Curso Alimentação de Cavalos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, afirma que as experiências têm mostrado que se deve trocar de piquete, quando o capim pastado atinge uma altura de 10 cm. Outro detalhe importante, que as experiências mostram, é que quando o capim atinge a altura de 40 cm está na sua fase mais rica.

O capim deve ser igualado quando os animais forem retirados do piquete. Esse capim cortado nessa ocasião poderá servir como cama dos animais. Depois do corte, o solo deve ser adubado. O pasto deverá descansar por, no mínimo, 21 dias aproximadamente. Cada espécie forrageira exige um determinado período de descanso e o que garante a rebrota do capim é a quantidade de folha que foi deixada pelo último pastejo, o tamanho da raiz e o quanto de talos e hastes foram conservadas, pois aí está a reserva da planta.

Formação de Pastagens

Para se formar ou recuperar um pasto são necessários conhecimentos básicos que possam minimizar os riscos de fracasso. O ideal é contar com os serviços de um profissional especializado.

Alguns fatores limitantes devem ser apreciados, no que diz respeito ao clima e ao solo.

  • Disponibilidade de água;
  • Fertilidade do solo;
  • Preparo desse solo;
  • Qualidade da semente ou muda a ser plantada;
  • Época do plantio ou da semeadura.

O fator clima está condicionado às chuvas, à temperatura e ao tempo de incidência de sol (fotoperíodo). De tal maneira, a irrigação não conseguiu ainda equilibrar a produção de gramíneas tropicais na seca, pois a água não é o único fator limitante.

O conhecimento da forrageira a ser explorada é também importante. Deve-se conhecer alguma noção de fisiologia vegetal (altura de corte, tempo de descanso, exigências nutricionais). A qualidade do solo tem importância sobre a qualidade da forragem, da qual depende a produção dos herbívoros. O fator solo é importantíssimo na escolha da espécie forrageira. Devem ser observados as condições físicas (textura, densidade e estrutura) e químicas do solo que são determinantes na formação e manutenção da pastagem.

Os equinos são animais muito exigentes no que se refere à qualidade do solo, tanto química como fisicamente, pois somente em solos permeáveis, ricos em cálcio e fósforo, se desenvolvem vantajosamente. A análise do solo é essencial, pois o solo que apresentar índices abaixo de 25 ppm de cálcio ou abaixo de 3 ppm de fósforo não é aconselhável para a criação de equinos.

As forragens provenientes de terrenos úmidos são de qualidade inferior (pobres, fibrosas, pouco nutritivas e ácidas). Além disso, os terrenos tornam-se focos de doenças infecciosas e parasitárias.

Equipe de Redação 12-07-2013 Cavalos
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