Aparação de Cascos, Correção de Aprumos e Ferrageamento de Cavalos

A ferradura se torna indispensável, principalmente, quando os trabalhos com os animais são realizados em terrenos pedregosos, em paralelepípedos ou no asfalto

Ferrageamento ou ferragem é a aplicação metódica de uma lâmina de ferro presa por meio de cravos, na borda da parede do casco, com o objetivo de proteger, curar ou corrigir o aprumo do pé.

Os animais, em liberdade no campo, não necessitam de ferraduras, porque o desgaste do casco se faz naturalmente, sem prejuízo para o casco do animal. Em contrapartida, quando os animais são colocados em estábulos, baias, ou utilizados para trabalhos contínuos, onde quase sempre os pisos são duros, o desgaste do casco é exagerado, chegando, em alguns casos, a causar lesões profundas no pé. Nesses casos, a ferradura se torna indispensável, principalmente quando os trabalhos com os animais são realizados em terrenos pedregosos, em paralelepípedos ou no asfalto.

Para se aplicar bem uma ferradura, é indispensável que o ferrador tenha conhecimento anatômico e funcional das partes locomotoras dos equídeos. O casco, embora pareça uma parte do corpo estática, sofre incessantes mudanças que, dependendo da raça, da idade, do serviço que o animal presta, podem se manifestar com maior ou menor intensidade.

No Curso Aparação de Cascos, Correção de Aprumos e Ferrageamento de Cavalos, desenvolvido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, você encontrará muitas informações a respeito de anatomia do casco; fisiologia do casco; funções nutritivas dos pés, além de funções mecânicas dos pés.

Anatomia do casco

Em Hipologia, nomeia-se "pé do cavalo" o conjunto anatômico da extremidade dos membros protegidos por um revestimento córneo. O pé do cavalo se divide em Partes internas e Partes externas.

As Partes internas são os ossos, os ligamentos, os tendões, o aparelho de amortecimento, as artérias e as veias, os nervos e o tecido que vai dar origem à substância córnea.

Fisiologia do casco

A córnea é uma substância mais ou menos dura, de aparência fibrosa na parede, cascuda na sola e flexível na ranilha. É a mesma substância que formam as unhas dos seres humanos.

A córnea é flexível, devendo isto a uma substância oleosa que contém. Sob a pressão do nosso polegar, medimos a flexibilidade da córnea. Isto é importante para o ferrador julgar a proximidade dos tecidos vivos. À medida que o tecido córneo se aproxima da superfície, vai se ressecando, perdendo gradativamente a sua flexibilidade.

A córnea tem acentuada tendência a se retrair. Em consequência disso, o casco tenderia a se estreitar nos talões, se não fosse, principalmente, o exercício, que mantém a elasticidade própria do tecido. A estação quente, a secura, os solos arenosos e pedregosos, endurecem o casco, aumentando a retratilidade da córnea.

Equipe de Redação 26-09-2011 Cavalos
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