Tipos de poda para o seu jardim

O ângulo formado entre as lâminas e o cabo permite o corte reto, desde que a ferramenta seja empunhada de maneira correta, facilitando o trabalho

Basicamente, um jardim precisa de dois tipos de podas: as de limpeza e formação. Em todas elas são necessárias algumas ferramentas. A tesoura de poda é a principal delas, podendo ter lâmina curva ou lâmina reta, todas as duas com a mesma função. Servem para podar qualquer tipo de ramo, desde os herbáceos mais grossos, até os lenhosos mais finos. O melhor corte é obtido com a parte interna das lâminas, nunca com o bico da tesoura. Com a parte interna, o corte é feito com maior firmeza. Com relação à manutenção, o único cuidado é fazer uma boa limpeza após o uso, em seguida aplicar anticorrosivo e óleo de máquina nas juntas.

O tesourão é utilizado na poda de plantas que requerem aparas regulares, como no caso das cercas vivas. Com ele é possível trabalhar as formas das plantas com maior facilidade, porque corta vários ramos ao mesmo tempo. O ângulo formado entre as lâminas e o cabo permite o corte reto, desde que a ferramenta seja empunhada de maneira correta, facilitando o trabalho.

Poda de Limpeza

A poda de limpeza é um tipo de atividade que deve ser feita ao longo de todo o ano. Basicamente o que se faz é retirar folhas e ramos secos ou em senescência, que se quebraram ou sofreram dano físico e que por isso atrapalham esteticamente cada planta. As flores quebradas, as murchas, e as que já morreram também devem ser retiradas.

Além dos motivos estéticos, esse trabalho diminui os riscos de problemas sanitários, dificultando o surgimento de doenças causadas por fungos que se desenvolvem a partir desse material em decomposição, especialmente em períodos mais úmidos. Também devem ser retirados eventuais parasitas como erva de passarinho ou outras epífitas que possam vir a abafar a planta.

Poda de Formação

Na poda de formação, o que se quer é estimular o desenvolvimento da planta e sua fortificação, tornando a copa mais compacta, menos estiolada e com maior quantidade de folhas. Em geral, é feita no final do inverno, período que precede a estação chuvosa. Isso é feito com base no princípio de que os cortes nos vegetais podem determinar novas brotações. Existem dois tipos de gemas de brotação: as gemas laterais, que são estruturas arredondadas, normalmente situadas nas axilas das folhas; e a gema apical, situada na extremidade dos ramos, responsável pelo crescimento da planta em altura, e que domina as gemas laterais. O corte de uma gema apical estimula brotações laterais. Da mesma maneira, o corte do ramo nas imediações de uma gema lateral é um estímulo para a brotação.

O corte de ramos em uma poda deve seguir duas regras básicas. Primeiro, a escolha do local, no ramo, onde acontecerá o corte. O corte deve ser feito o mais próximo possível à gema de brotação, sem atingi-la. Se o corte é feito muito distante da gema, acaba fazendo surgir um pedaço de ramo morto acima dela, que, além de prejudicar esteticamente a planta, também se constitui em porta de entrada para patógenos.

A segunda regra é o corte em bisel, ou seja, o corte do ramo deve ser inclinado. Essa regra aumenta em importância, à medida que o ramo for mais grosso e lenhoso. O corte em bisel evita o acúmulo de água na área do corte, que poderia causar apodrecimentos.

Eduardo Elias Silva dos Santos, coordenador do Curso Planejamento, Implantação e Manutenção de Jardins, desenvolvido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, diz que "Outra modalidade de poda é a que visa o controle de crescimento em altura, que é feita, cortando-se os galhos que crescem para cima e os que saem do alinhamento da copa da planta".

Equipe de Redação 23-09-2011 Jardim
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