Processos de gerenciamento de limpeza urbana

O lixo urbano é proveniente de domicílios, comércio, edifícios, vias públicas e da indústria

 

Todos os seres vivos, inclusive os do mundo vegetal, geram e eliminam algum tipo de resíduo, pois sua geração decorre do processo vital e de todas as suas atividades.

Em comunidades muito pequenas, em geral, cada um cuida de manter limpa a sua casa e os arredores, coletando os detritos e os resíduos oriundos das múltiplas atividades e eliminados, direta e isoladamente. Com o crescimento da comunidade, verifica-se a necessidade de implantação de um serviço organizado de limpeza das ruas, coleta e transporte dos detritos, sistema de deposição final e disciplina no que se refere a uma área comum. Quanto maiores forem as cidades, mais significativo é o problema, e a análise da constituição dos resíduos produzidos serve para a avaliação da qualidade de vida dos habitantes.

Os resíduos sólidos urbanos ou o lixo urbano é proveniente de domicílios, comércio, edifícios, vias públicas e da indústria. Aliás, gerenciamento da limpeza urbana de uma cidade é o gerenciamento do problema do lixo. E, nesse caso, pode-se dizer que há uma importância sanitária e social.

É bom que se entenda até onde vai a competência dos setores público e privado, e do cidadão quanto a direitos e deveres no processo de limpeza urbana. Por exemplo, nos serviços de limpeza são gerados resíduos sólidos, e, nesse sentido, tem-se uma classificação específica para cada um deles:

  • domiciliares;
  • públicos;
  • especiais.

Esses últimos têm duas sub-classificações: os resíduos especiais com grau de risco, que são os resíduos dos serviços de saúde, como o lixo hospitalar, de clínicas, laboratórios e unidades congêneres; e os resíduos da construção civil, que são os entulhos.

Os resíduos de serviços de saúde estão agrupados em resíduos infectantes, resíduos comuns e resíduos especiais.

  • Resíduos comuns em uma unidade hospitalar são os restos de preparo de alimentos dos refeitórios, a limpeza da área administrativa, pois têm características de lixo domiciliar. O gerenciamento desses resíduos compete ao poder público e os mesmos são eliminados de maneira satisfatória em aterros sanitários.
  • Resíduos infectantes são os de origem biológica, sangue e hemoderivados, material cirúrgico, restos de análises patológicas, material perfurocortante, como agulhas, bisturis, animais contaminados, restos de alimentos contaminados e resíduo de atendimento do paciente.
  • Resíduos especiais são os rejeitos radioativos, restos de medicamentos e resíduos químicos perigosos. Eles não podem ser coletados pelo poder público, a não ser que tenham tratamento prévio de descontaminação. Quanto ao rejeito radioativo, o seu gerenciamento compete exclusivamente à Comissão Nacional de Energia Nuclear.

Maeli Estrela Borges, coordenadora do Curso Gerenciamento de Limpeza Urbana, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, lembra que um resíduo comum, ao entrar em contato com um resíduo infectante, torna-se, como o outro, considerado infectante. Por isso, os resíduos devem ser coletados e acondicionados em embalagens especiais, separadas.

Equipe de Redação 13-06-2012 Meio Ambiente
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