Bovinos de corte: bem-estar animal e qualidade da carcaça

Sem a garantia de bem-estar no manejo dos bovinos de corte, podem ocorrer falhas que comprometem a qualidade da carcaça

Bovinos de corte: bem-estar animal e qualidade da carcaça

O mercado de carne bovina deve primar pela segurança, pelo sabor e pela qualidade dos produtos. Hoje, o consumidor busca algo mais, ele quer um produto diferenciado, produzido nos princípios da sustentabilidade e da criação humanizada dos animais. Nesse contexto, o conforto e bem-estar animal merecem destaque. “Ao respeitar a biologia dos animais de produção, são obtidos melhores resultados econômicos”, afirma Alexandre Lúcio Bizinoto, professor do Curso CPT a Distância e Online Instalações e Equipamentos para Pecuária de Corte.

Segundo Mateus Paranhos, doutor em bem-estar animal, além de respeitar a biologia dos animais, acabar com as práticas agressivas de manejo, investir em infraestrutura apropriada, oferecer treinamento adequado aos tratadores, investir em tecnologia e seguir alguns cuidados durante o transporte dos animais, é imprescindível ao pecuarista aceitar as mudanças e adotar uma nova postura.

Causas de negligência e falhas no manejo


Negligência e falhas no manejo de bovinos de corte podem causar hematomas nos animais, abscessos por vacinas mal aplicadas, morte de bovinos por pisoteio no transporte, desidratação por longos períodos sem água, perdas de peso por desnutrição, longos períodos expostos ao sol, além de abortamento em fêmeas e morte prematura de bezerros. Isso gera sérios prejuízos ao pecuarista.

Há mais de dez anos, a Unesp de Jaboticabal (SP) realizou um estudo em 5 frigoríficos. Foi constatado que 70% dos animais apresentavam lesões que desqualificavam a carne para o mercado. Se a maior parte dos pecuaristas seguissem os preceitos do conforto e bem-estar animal, os resultados seriam bem diferentes. Dependendo de como são manejados, os bovinos ficam agitados, o que pode levá-los a acidentes e consequentes hematomas na carcaça.

Outro estudo detectou falhas do manejo sanitário ao transporte dos bovinos. Somente na vacinação, foram identificadas 84 ocorrências (acima de 44%). Já no transporte, 59 episódios (acima de 30%). Por fim, pisoteio, tombos, chifradas e coices chegaram a 45 eventos (acima de 23%). Todos esses fatores comprometem a qualidade da carcaça e reduzem o seu valor comercial.

Como evitar perdas e prejuízos?


->Primar pelo conforto de bem-estar dos animais em todas as fases de criação;
->Adotar cuidados essenciais durante o transporte dos bovinos;
->Capacitar a equipe da fazenda para melhorar o manejo;
->Transportar o número recomendado de bovinos;
->Garantir aos bovinos instalações adequadas;
->Conduzir os animais com tranquilidade, sem agressões nem gritos;
->Evitar o uso de choques elétricos na condução dos animais;
->Não formar lotes com bovinos de idades e tamanhos diferentes;
->Garantir a boa hidratação dos bovinos antes do transporte;
->Cuidar dos manejos sanitário e alimentar para melhorar a performance dos animais.

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Leia o artigo "Infestação de carrapatos em bovinos - como acabar".

Fonte: comprerural.com

Andréa Oliveira 07-12-2018 Pecuária de Corte
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