No Brasil, o ano apresenta pelo menos duas estações definidas em termos de qualidade e crescimento de forragem. Uma com crescimento intenso, quando geralmente a qualidade da forragem é adequada, e outra, com crescimento baixo ou nulo, quando, geralmente, a qualidade da forrageira é inadequada para o desempenho animal.
Além da menor oferta de forragem no pasto, o animal dispõe de uma forragem pobre em proteína, com maior teor de fibra e altamente lignificada. A consequência é que em sistemas de produção baseados em pastagens o ano todo, os ganhos de peso são baixos ou há perda de peso.
Durante o período chuvoso, as pastagens chegam a apresentar níveis satisfatórios de proteína, energia e vitaminas, enquanto os minerais estão deficientes, impedindo o pecuarista de obter índices máximos de produtividade. Já no período de estiagem, todos os nutrientes estão deficientes na pastagem, portanto, nessa época, a suplementação de apenas um nutriente não resulta em melhores rendimentos do rebanho.
Suplementar os animais na época da seca é importante, pois, nesse período, ocorre uma redução do crescimento das forrageiras e, devido ao avançado estado fisiológico das mesmas, elas se apresentam com baixo valor nutritivo. De acordo com o professor Gilmar Ferreira Prado, coordenador técnico do curso Alimentação de Gado de Corte, desenvolvido pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, "o objetivo básico dessa suplementação é fornecer proteínas, energia e minerais aos animais, nutrientes que podem ser considerados como os pilares da suplementação no período de estiagem".
Para avaliar o ganho de peso dos animais, devemos considerar não só o ganho individual, mas também por área, pois este último leva em conta a produção em massa do pasto e representa o quanto de peso vivo podemos obter em uma determinada área.
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