Saiba como prevenir e controlar doenças em bovinos

Entre os fatores que interferem no desenvolvimento da pecuária bovina, as verminoses ocupam grande destaque, por causarem retardamento do desenvolvimento dos animais, morte e gastos excessivos com manejo, levando a uma baixa produtividade do rebanho e, consequentemente, a elevadas perdas econômicas. Esse problema é agravado à medida que pioram as condições das pastagens, principalmente, na época da seca ou quando se verifica o aumento da concentração de animais em certas áreas, facilitando a infecção.

A maioria dos animais, geralmente, apresenta uma infecção subclínica, em virtude da imunidade adquirida, tornando-se difícil quantificar os seus efeitos, que são mais evidentes nos animais jovens, os quais ainda não adquiriram resistência imunológica aos vermes.

Nas últimas décadas, houve uma conscientização da importância de tratar das verminoses. Concomitantemente, uma revolução no desenvolvimento de compostos químicos elaborados especificamente para uso como vermífugos, resultando em produtos de baixa toxidade e amplo espectro de atividade.

É importante enfatizar que é praticamente impossível eliminar os parasitas por completo, mas é fundamental traçar um programa de controle. Apenas dessa forma você conseguirá reduzir os níveis de parasitismo ao mínimo, compatíveis com a tolerância dos animais, para que não prejudique a produtividade.

É importante ficar claro que a adoção de um programa de controle depende da região em que se cria, considerando-se as diferenças climáticas, a epidemiologia dos helmintos, os manejos, entre outros fatores. Além disso, você deve ter sempre em mente que a verminose tem que ser tratada, mesmo que os sintomas não sejam visíveis, pois os prejuízos existem e aparecem a longo prazo. A melhor opção é prevenir. Fazendo o controle de forma estratégica, você certamente não terá maiores problemas.

O curso "Prevenção e Controle de Doenças em Bovinos", elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, mostra como evitar gastos excessivos e quedas na produção, devido a verminoses e outras doenças. A coordenação técnica e científica do curso ficou a cargo do professor Jackson Victor de Araújo, médico veterinário, mestre e doutor em parasitologia, da Universidade Federal de Viçosa. O projeto foi desenvolvido no âmbito do convênio CPT/UFV-CEE.

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