A estaquia é o principal método de propagação de arbustos ornamentais e é muito praticada para a propagação comercial, em estufas, de muitas plantas floríferas. É, também, muito usada em fruticultura. Para as espécies que têm maior facilidade de propagação através desse método, o processo apresenta uma série de vantagens, pois é possível, com poucas matrizes, produzir um grande número de mudas, além de se econômico, rápido, simples e não requerer a enxertia, que exige mão de obra especializada.
Como fazer o plantio de estacas
Herbáceas e semi-lenhosas: Usa-se recipientes que são colocados em câmaras de nebulização ou em leitos de enraizamento sob nebulização. A nebulização consiste na pulverização, a pequenos intervalos, de gotas de água com tamanho muito pequeno, visando reduzir o calor ambiental e manter umidade nas folhas. São utilizados equipamentos especiais para esse fim.
Lenhosas:
Dalmo Lopes de Siqueira, coordenador do Curso Produção de Mudas Frutíferas, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, diz que os canteiros contendo as estacas devem ser cobertos com capim seco ou com uma cobertura possuindo altura de cerca de 30 cm acima do nível do solo. A medida que as estacas iniciarem a brotação, o capim deve ser removidos e os canteiros devem ser irrigados periodicamente.
Tipos de estacas
As estacas podem ser formadas a partir do caule, raízes e folhas. Em fruticultura, as estacas de caule são as mais utilizadas. A estaca de caule precisa regenerar apenas o sistema radicular, pois as gemas já estão formadas.
As estacas de raiz são de uso restrito em virtude da necessidade de escavar o solo, exposição do sistema radicular e danos à planta matriz. Pode ser usada para macieira, jabuticabeira, goiabeira, caquizeiro, e outras. Nesse tipo de estaca é preciso formar novas raízes e parte aérea.
As estacas de folha são usadas para algumas plantas ornamentais, como violeta africana, espada de São Jorge, begônia e fortuna. Neste tipo há necessidade de regeneração de caule e raízes.