Há riscos no uso de plantas medicinais?

O uso pouco cuidadoso das plantas medicinais tem causado efeitos indesejados como intoxicações e mesmo a ausência da resposta medicamentosa esperada

Há riscos no uso de plantas medicinais?

Para ter sucesso no uso das plantas medicinais, é preciso seguir algumas recomendações:


• As intoxicações ocorrem quase sempre por causa do uso de quantidades excessivas de determinadas plantas, do preparo e uso inadequados e, principalmente, por causa do uso de plantas com efeitos tóxicos.

• Como os prováveis efeitos tóxicos de muitas plantas ainda são ignorados, deve-se procurar utilizar aquelas cujos efeitos sejam bem conhecidos, usando-se dosagens moderadas e bem determinadas, evitando-se os excessos.

• Na dúvida sobre o uso de uma planta, é aconselhável procurar a orientação de um profissional de saúde que trabalhe com plantas medicinais.

• É preciso conhecer a parte da planta que serve como remédio e a dosagem a ser utilizada. A dosagem varia de acordo com a idade do paciente.

• É importante informar-se do modo de preparar as plantas, se é por infusão, decocção ou outros. O uso da parte indicada e o preparo adequado determinam se a planta terá ou não efeito positivo no tratamento.

• Não se deve coletar plantas medicinais na beira de estradas, por causa da poeira e das substâncias tóxicas desprendidas da fumaça que sai dos carros; e nem plantas que crescem na beira de rio poluído ou esgoto ou próximo a lavouras que usam agrotóxicos.

• As plantas frescas com mau aspecto não devem ser utilizadas e, quando secas, não devem apresentar sinais de deterioração, como o mofo. Esses sintomas refletem os maus cuidados na conservação e a possível presença de toxinas de fungos.

• As misturas de ervas no chá devem se restringir a um número reduzido de espécies, com indicações e usos semelhantes ou com propriedades sinérgicas. Mas a mistura de ervas deve ser evitada, pois pode trazer efeitos diferentes do esperado, por causa das interações entre os constituintes químicos das plantas.

• A frequência do uso é importante durante o tratamento. Não adianta ingerir um litro de chá de uma só vez, quando se deveria tomá-lo a intervalos regulares de tempo. Da mesma forma, uma planta recomendada exclusivamente para uso externo não deve ser ingerida.

• O uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. Recomendam-se períodos máximos de tratamento de 21 a 30 dias, intercalados por um período de descanso de 4 a 7 dias, permitindo que o organismo desacostume, para que a planta possa atuar com maior eficácia.

• Não se deve adoçar os chás. Caso queira adoçá-lo, deve-se usar apenas açúcar mascavo, rapadura ou mel.

• Os chás, quando indicados para problemas digestivos, devem ser tomados frios e sem açúcar.

• Os chás indicados para gripe, bronquite e febre, devem ser tomados ainda quentes.

• O uso de plantas medicinais durante a gestação é desaconselhável. Existem plantas que são emenagogas, que podem causar aborto.

• O uso de plantas medicinais na lactação, também, exige cuidados.

• As plantas medicinais que são usadas para emagrecer são diuréticas. Elas forçam os rins, provocando uma diurese excessiva e a perda de sais minerais.

Por isso, o uso de plantas com intenção de emagrecer deve ser feito com critério e com conhecimento.

 

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Por Daniela Guimarães.

Daniela Aparecida Guimarães Lopes 30-06-2023 Plantas Medicinais

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