Apesar de ser fisicamente superior, o cavalo geralmente não utiliza de sua força para nos impedir de realizar funções, as quais, com certeza, ele não deseja, como a estabulação, o trabalho de tração, os procedimentos dolorosos e os galopes exaustivos.
Como o cavalo não se expressa com linguagem falada, teoricamente, ele também não compreende a nossa fala. Ele se fixa e compreende sons repetitivos como Whôô, zzzzin, nhac nhac, nhac, beijinhos ou sons de voz. Usando-se voz "melosa", ele poderá associá-la a um momento de ternura ou tranquilidade. Já a voz rude, como repreensão.
Entretanto, é a repetição dos sons ou entonação que determinará a percepção e o comportamento do cavalo. O objetivo maior de interação homem-cavalo é que os dois formem um conjunto. O cavalo sempre refletirá o estado emocional do cavaleiro ou da amazona. Portanto, se você estiver nervoso, agitado, provavelmente, seu companheiro também ficará.
O cavalo é um dos animais com muita facilidade de aprendizado. Mas, ele não pensa. Portanto, ao lidar com cavalos, você deve estar pensando o tempo todo, analisando as reações de seu animal para entendê-lo. Ele se expressará das mais variadas formas, cabendo a você interpretá-las.
Confira algumas dicas
Haroldo Vargas Leal Júnior, coordenador do Curso Aprenda a Montar e Lidar com Cavalos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, diz que para lidar com cavalos, a primeira coisa é gostar deles. A segunda é ter a sensibilidade suficiente para entendê-los, interpretá-los. Em seguida, virão outros itens como persistência, autoconfiança, vigor físico, coragem e conhecimento teórico. Quanto à experiência, essa virá com o tempo. Se você for inteligente e esperto o bastante para analisar, filtrar e memorizar a experiência dos mais velhos na atividade, ótimo! Você estará ganhando anos-luz de experiência.