Quais as vantagens da transferência de embriões em éguas?

Na transferência de embriões em éguas, os óvulos são coletados de uma égua doadora, com carga genética superior, e implantados no útero de uma égua receptora, com boa habilidade gestacional e materna

Na transferência de embriões em éguas, também conhecida como transplante de embriões, os óvulos fertilizados são coletados de uma égua doadora, com carga genética superior, e implantados no útero de uma égua receptora, com boa habilidade gestacional e materna. Será ela a responsável por gerar e amamentar o potro. Trata-se de uma técnica realizada por profissional qualificado, que traz uma série de vantagens.

Fatores a serem considerados

->Qualidade, idade e tempo de estocagem do embrião;
->Doadoras selecionadas por critérios de fertilidade e idade;
->Receptoras selecionadas por critérios de qualidade e idade;
->Garanhão selecionado por critérios de qualidade do sêmen;
->Valor da taxa de recuperação embrionária;
->Três receptoras para cada doadora do embrião.

Éguas doadoras

As éguas doadoras podem apresentar histórico de perda embrionária por problemas endometriais ou hormonais. Elas também podem apresentar enfermidades físicas adquiridas ou problemas no aleitamento. Sem falar que podem apresentar redução na habilidade materna. Da mesma forma, podem ser selecionadas éguas velhas incapazes de gestar.

Não podemos nos esquecer das éguas com alto valor zootécnico, éguas em competição ou treinamento e potras de dois anos. Todas elas apresentam viabilidade para serem doadoras de embriões contanto que tenham carga genética superior.

Éguas receptoras

As éguas receptoras podem apresentar carga genética inferior, mas escore corporal adequado, assim como aparelho reprodutivo favorável à gestação e boa habilidade materna.

Vantagens da transferência embrionária

->Aceleração do programa de seleção;
->Aprimoramento da influência genética transmitida da égua a seus descendentes;
->Aproveitamento de animais superiores com elevado valor zootécnico;
->Aumento do número de descendentes da égua doadora do embrião com material genético superior ao da égua receptora;
->Aumento do número de potros por égua em uma estação de monta;
->Formação de um grupo de doadoras com genética superior e outro grupo de receptoras com habilidade gestacional e materna;
->Possibilidade de obter um potro de uma égua com apenas dois anos, mesmo sem maturidade para a gestação, contanto que apresente aptidão e fertilidade para produzir embriões;
->Possibilidade de manter a égua em atividade esportiva e, mesmo assim, obter mais de um potro por ano gerado por ela;
->Possibilidade de manter éguas importantes em treinamento para práticas esportivas enquanto seus embriões são gestados por éguas receptoras de menor valor;
->Possibilidade de obter potros de éguas com distúrbios reprodutivos;
->Possibilidade de obter potros de éguas com distúrbios locomotores;
->Possibilidade de obter potros de éguas idosas impossibilitadas de gerá-los;
->Rápido acesso à fertilidade dos garanhões;
->Redução do intervalo entre gerações.