Como trabalhar o assunto “dinheiro” com as crianças

A cada faixa etária, novos conteúdos e temas devem ser introduzidos na educação das crianças, de forma que assimilem, com o tempo, todos os conceitos e assuntos relacionados à educação financeira. A idade da criança é fundamental para que ela assimile assuntos relacionados à educação financeira.

O primeiro sinal de que chegou o momento de conversar sobre educação financeira é quando as crianças pedem aos pais para comprar algo

  Quanto mais cedo o processo de educação financeita tem início, mais fácil ele se torna para ambas as partes

A cada faixa etária, novos conteúdos e temas devem ser introduzidos na educação das crianças, de forma que assimilem, com o tempo, todos os conceitos e assuntos relacionados à educação financeira. A idade da criança é fundamental para que ela assimile assuntos relacionados à educação financeira. Veja como trabalhar o assunto "dinheiro", em cada fase da vida, mais especificamente:

A partir dos 2 anos

Administrando o tempo e a diferença entre caro e barato

A educação financeira começa quando a criança nasce. Quanto mais cedo esse processo tem início, mais fácil ele se torna para ambas as partes. A ideia de tempo é a primeira noção importante, da necessidade de, em alguns casos, ter que esperar por algo. A partir do quarto mês, a noção de tempo, de espera, pode começar a ser transmitida. Mas, nada de deixar o bebê se esgoelando. Isso não é nada bom. Os educadores podem dizer, enquanto atendem a criança, para ela esperar um pouco, ter calma. Isso, aos poucos, vai dando algum controle da situação aos educadores. A noção de tempo e espera é parte importante do processo de educação financeira.

O primeiro sinal de que chegou o momento de conversar sobre educação financeira é quando a criança pede aos pais para comprar algo. Os pais podem passar, aos poucos, as noções de caro e barato, estabelecendo os limites para o consumo, dentro de suas possibilidades orçamentárias. É o primeiro passo que leva à racionalidade na hora de usar dinheiro. Pode-se falar francamente que agora não dá para comprar o bem desejado e explicar que em uma outra oportunidade a despesa poderá ser feita. Os pais devem ser aconselhados a explicar a realidade financeira em que vive a família como, por exemplo, quais são suas despesas e prioridades de gastos daquele mês.

A partir de 3 anos

Recebendo, gastando e poupando dinheiro

Nessa faixa etária, as crianças adoram receber dinheiro. Não sabem ainda muito bem o que fazer com ele, mas ficam satisfeitas acumulando moedas e notas. A criança tende a ser poupadora por natureza. Dê para a criança um potinho transparente com uma tampa que possa ser facilmente aberta e fechada para que ela guarde o dinheiro que recebe. Os cofres fechados não são recomendáveis. O cofre lacrado é mais ou menos como você ter uma conta no banco e não poder verificar o saldo nem fazer movimentações. O cofrinho pode ser confeccionado em sala de aula, aproveitando materiais descartados, de forma a aprenderem, também, sobre reutilização do lixo.

A partir de 4 anos

Estabelecendo a mesada

Por volta dos 4 anos, os pais já podem estabelecer oficialmente uma mesada semanal para a criança. Michelle Gomes Lelis, coordenadora do Curso Educação Infantil - Educação Financeira e Empreendedorismo, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, diz que é preciso  orientar os pais a pendurarem no quarto da criança um calendário bem grande e marcar as datas em que ela irá receber sua mesada. É preciso enfatizar a noção de tempo e sempre respeitar o prazo combinado.

Se o orçamento dos pais permitir, sugira uma mesada cujo valor seja de um real por ano de vida da criança. Ou seja, se a criança tem quatro anos, ela deve receber R$ 4,00 por semana. A mesada é um importante instrumento de educação financeira ao dar a criança a responsabilidade por sua ações, além de ensiná-la a tomar decisões desde cedo. Ela faz as escolhas de como utiliza, ou aplica, seu dinheiro. Os pais devem apenas orientar, mas a autonomia é sempre da criança. Estimular que a criança gaste metade e poupe a outra metade da mesada é ainda uma recomendação importante. A autonomia conferida pela semanada não significa carta branca para qualquer tipo de gasto. Se a criança gastar logo o dinheiro, não deve ser privada do lanche, mas deve ser evitada a verba extra. Ela terá de levar um alimento de casa, por exemplo.

Equipe de Redação 01-10-2012 Educação Infantil

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