O vírus da Bronquite Infecciosa atinge não apenas o trato respiratório, mas também o trato urogenital, causando principalmente doenças respiratórias nas aves infectadas e queda na produção de ovos nas aves poedeiras e matrizes. Também ocorrem danos aos rins.
Os animais mais susceptíveis e que apresentam maior mortalidade (podendo chegar a 50%) são as aves jovens. Os sinais clínicos mais graves são observados em galinhas com menos de seis semanas de idade.
A morbidade é extremamente alta e a mortalidade depende da idade na qual as galinhas foram infectadas e da presença de organismos invasores secundários como E. coli.
As perdas econômicas da produção, geralmente, estão associadas aos danos no sistema respiratório, renal e reprodutor. Assim, os aspectos clínicos dependem da forma de apresentação da doença.
Na forma respiratória, os sinais são espirros, em decorrência de congestão na traqueia e nos pulmões. Estes podem ainda apresentar hemorragias, exsudato seroso e catarral. A seringe costuma estar tamponada, com material acumulado, e ao ressecar impede que a ave respire, causando a morte por asfixia.
Na forma renal, as aves tornam-se apáticas e com penas sujas na região da cloaca, devido à diarreia intensa. Os rins apresentam-se aumentados, pálidos e marmóreos. É observado, também, ureter dilatado, pela presença de uratos.
A forma genital é observada pela deformação da casca do ovo, ovários (folículos) degenerados e de cor pálida. Com o ovário entrando em disfunção, há um rompimento folicular na cavidade abdominal, causando peritonite. O oviduto torna-se edemaciado (inchado).
A diagnosticação da doença se dá por meio de exame histopatológico da traqueia, para observação de inflamação subaguda. O teste de hemoaglutinação em líquido embrionário permite o diagnóstico diferencial da doença de Newcastle.
Não existe tratamento específico para bronquite, mas o uso de antibióticos pode aliviar o quadro de aerosaculite. Administração de eletrólitos na água de bebida compensa a perda aguda de sódio e potássio renais. Entretanto, a melhor forma de evitar a possível contaminação entre as aves é a adoção de medidas sanitárias preventivas, como programas de vacinação e biossegurança.
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Por Daniela Guimarães.