Cuidados com a vaca gestante

O estabelecimento de um sistema de cria e recria eficiente para as vacas em rebanhos leiteiros é um desafio para a maioria dos produtores. As bezerras devem receber alimentação e manejo adequados para que possam atingir o peso ideal à primeira cobertura e iniciarem a sua vida produtiva o mais cedo

Recomenda-se que a vaca ganhe em torno de 600g a 800g/dia, durante o último terço da gestação

O feto ganha metade de seu peso nos últimos três meses de gestação da vaca

O estabelecimento de um sistema de cria e recria eficiente para as vacas em rebanhos leiteiros é um desafio para a maioria dos produtores. As bezerras devem receber alimentação e manejo adequados para que possam atingir o peso ideal à primeira cobertura e iniciarem a sua vida produtiva o mais cedo possível. Mas, o fator econômico é um ponto muito importante nesse tipo de criação. É necessário, portanto, buscar o equilíbrio entre o fator econômico e a idade precoce ao parto.

A alimentação desses animais é o item que mais onera o custo, principalmente, nos primeiros meses de vida, quando o leite é o principal alimento. Na fase de cria, a utilização de colostro excedente, o fornecimento de quantidades reduzidas de dieta líquida, o desaleitamento precoce e o fornecimento de concentrado a partir da segunda semana de vida podem ajudar a reduzir os custos, sem prejudicar o desenvolvimento dos animais. As bezerras devem receber água e alimentos de alta qualidade.

O feto ganha metade de seu peso nos últimos três meses de gestação da vaca, quando a prioridade para a utilização dos nutrientes da dieta passa a ser o desenvolvimento normal da cria. A vaca gestante utiliza suas reservas em benefício do feto, caso a dieta apresente alguma deficiência. Dependendo do nutriente e do grau de deficiência, o desenvolvimento do feto poderá ser prejudicado.

Segundo Oriel Fajardo Campos, coordenador do Curso Bezerras de Raças Leiteiras do Nascimento ao Desaleitamento, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, há evidências de que as deficiências de energia, proteína, fósforo, iodo, manganês, cobalto, selênio e das vitaminas A, D e E na dieta da vaca gestante podem causar problemas no desenvolvimento do feto, na quantidade e na qualidade do colostro a ser produzido. Os sintomas dependem do nutriente deficiente, mas normalmente resultam em abortos, natimortos, animais com defeitos físicos ou, simplesmente, em animais que nascem mais leves e com menor resistência aos agentes causadores de doenças.

Recomenda-se que as vacas ganhem em torno de 600g a 800g/dia, durante o último terço da gestação, usando-se alimentação suplementar, se necessário. Nessa fase, as vacas devem estar em boas condições corporais, sendo indesejáveis as condições extremas, vacas muito magras ou vacas muito gordas.

Equipe de Redação 26-10-2012 Pecuária de Leite

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