Nova cultivar de tomate-cereja produz três vezes mais

Além da alta rentabilidade e do sabor mais doce, o tomate-cereja BRS Zamir é muito resistente ao fungo oídio

Nova cultivar de tomate-cereja produz três vezes mais

Uma nova cultivar de tomate-cereja foi desenvolvida pela Embrapa Hortaliças. Trata-se do híbrido BRS Zamir, capaz de produzir três vezes mais que outros tomates tipo grape. Além disso, ele é mais doce que os demais existentes no mercado. Tudo começou com a separação do gene que estimula o grau de bifurcação dos cachos do tomateiro. Plantas com essa característica produzem até três vezes mais flores (= mais frutos).

Segundo Leonardo Boiteux, engenheiro agrônomo, os tomateiros com grau de bifurcação passaram por seleção dos materiais genéticos até resultar no híbrido BRS Zamir. A cultivar foi testada em várias regiões produtoras de tomate, dentre elas, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Paraná. Os resultados comprovaram a alta produtividade do tomateiro e a capacidade de adaptação a temperaturas elevadas.

Produto nacional


O híbrido BRS Zamir é um produto nacional, que atende ao segmento de tomates do tipo grape. No Brasil, os materiais genéticos dos tomates-cereja não são adaptados às condições ambientais do país. As cultivares existentes no mercado nacional vêm do exterior com preços exorbitantes. Suas sementes são produzidas em regiões com clima ameno. Mas quando cultivadas em temperaturas elevadas, ocorre abortamento das flores, o que reduz a produtividade.

Vantagens


O mercado nacional de tomates tipo grape (cereja) exige maior número de frutos, independentemente do tamanho. Sendo assim, o tomate-cereja BRS Zamir apresenta grande potencial de produção na agricultura familiar, pois o seu cultivo pode ser feito em áreas menores, sem muita estrutura. Ainda assim, é possível produzir tomates-cereja de elevado valor agregado - principalmente por apresentar alto teor de licopeno (144 microgramas) quando comparado aos demais grapes (40 a 90 microgramas).

Além de ser resistente a altas temperaturas, a nova cultivar de tomate é muito resistente ao fungo oídio em todo o ciclo de produção. O oídio causa uma séria doença nos tomateiros cultivados em estufa. No Brasil, este é o sistema de produção mais comum quando se trata de tomates tipo grape. “O cultivo protegido oferece frutos de melhor qualidade, com possibilidade de produção na entressafra, o que traz maior retorno financeiro ao produtor”, afirma Rumy Goto, professora do Curso CPT Cultivo de Tomate em Estufa.


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Leia o artigo "Tomate em estufa - telas de proteção".
Fonte: canalrural.uol.com.br

Andréa Oliveira 29-11-2018 Agricultura - tudo sobre os principais produtos agrícolas do Brasil
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