Alimentos desidratados geram lucros aos produtores rurais

A produção de alimentos desidratados é uma forma de reduzir as perdas e desperdício do plantio de legumes e hortaliças, gerando lucro ao produtor

A produção de alimentos desidratados é uma forma de reduzir as perdas e desperdício do plantio de legumes e hortaliças, gerando lucro ao produtor

Tomate Seco

Apesar de o Brasil ser considerado um país com excelentes condições de plantio, a questão alimentar ainda é muito séria. Como os brasileiros não precisam fazer estoques de alimentos para enfrentar o inverno e cultuam a ideia de que as terras são superabundantes nas colheitas e de fartura ilimitada, desenvolveu-se aqui a cultura do desperdício.

O desperdício de alimentos começa na colheita com a má regulagem das máquinas, com equipamentos obsoletos e com a falta de treinamento dos operadores. As perdas continuam durante o transporte e até mesmo nos armazéns. Muitos alimentos são jogados fora, porque não atendem ao padrão para a sua comercialização.

As perdas são responsáveis pela redução da disponibilidade de alimentos e acarretam pesado ônus ao preço final do produto, sobrecarregando as classes mais pobres, já marginalizadas pelo seu baixo poder aquisitivo.

Em função disso, muitos trabalhos com desidratação de alimentos estão sendo realizados, despontando como excelente alternativa para a redução das perdas na agricultura. Produtos que seriam jogados fora, por não estarem dentro dos padrões de comercialização, causando sérios prejuízos ao produtor, hoje já têm destino certo; e, melhor ainda, com altas taxas de lucratividade. Entre eles, podemos citar os legumes e as hortaliças.

Os legumes e as hortaliças desidratadas apresentam as seguintes vantagens:
- Pesam somente cerca de 1/5 do peso original, no caso de raízes vegetais e, 1/15, ou menos, para o caso de folhas e tomates.
- O volume, especialmente se os produtos desidratados são comprimidos para a embalagem, é muito menor do que em qualquer outra forma. Portanto, devido os reduzidos peso e volume, uma menor quantidade de material de embalagem é necessária, por unidade do alimento.
- Os legumes e as hortaliças desidratados não necessitam de refrigeração durante o transporte ou o armazenamento, como é o caso dos produtos frescos ou congelados. A desidratação permite a preservação devido à diminuição do teor de água disponível, o que influirá desfavoravelmente na velocidade das reações químicas e no escurecimento não enzímico, bem como no crescimento de microrganismos.
- O valor nutritivo dos legumes e das hortaliças não é muito depreciado pela desidratação.
- Outra vantagem significativa é a compatibilidade dos legumes desidratados com outros ingredientes nas misturas desidratadas, como sopas, canjicões, cremes e muitos outros.

No caso específico do tomate seco em conserva, podemos assumir, além dessas, outras vantagens como sua vasta aplicação na culinária, substituindo o tomate "in natura" na maioria das receitas: ser um novo ingrediente para o desenvolvimento de novas receitas; e, principalmente, por ser "moda" o seu consumo, ele não necessita de grandes investimentos em marketing.

A produção de tomates e de cogumelos desidratados, como em todo o ramo de alimentos, está experimentando, especialmente nestes últimos anos, uma grande expansão. Muitos restaurantes, padarias, lojas de conveniência e supermercados já incluem em suas listas de produtos os tomates e os cogumelos desidratados.

Aprimore seus conhecimentos, acessando os Cursos CPT, da área Agroindústria, elaborados pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, entre eles o Curso de Produção de Tomate Seco em Conserva e Shiitake Desidratado.

Samia Andrade 18-12-2013 Processamento

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